sábado, 26 de janeiro de 2013

Chocolate

 

Passam-se os anos. Passam-se os séculos. E o chocolate não perde o seu visgo. "Visgo de agarrar fêmea", diz Guilherme Figueiredo. E continua: "A Inglaterra, graças à colônia da Costa do Ouro, a Alemanha, a Suíça, a França tomaram conta da industrialização do filtro erótico". Informado acerca do perigo que representa para as coronárias, o escritor brasileiro comenta: "Veneno terrível, criador de hábito, vingança do Novo Mundo em revide às mazelas venéreas recebidas do Civilizado Mundo Europeu, mas perigoso do que a coca degenerante e o trabalho cancerígeno, porque nem mesmo pertence hoje à gastronomia: pertence à glutonaria." (FIGUEIREDO, Guilherme. Chocolate, vício solitário. In: _____. Comes e bebes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/MEC, 1978. p. 124.)


QUEIROZ, Maria José de. A América, a nossa e as outras: 500 anos de ficção e realidade. Rio de Janeiro: Agir, 1992. p. 81.