segunda-feira, 13 de junho de 2016

Rosa



















Na cor cambiante,
que se faz, e perfaz
ao sol e à luz da manhã,
a impossível definição.

No mesmo perfume, pertinente,
a resposta aos dons da terra,
fiel, constante.

Na forma plural,
de singular investidura,
o privilégio de ser, a um tempo,
universal e única.

Da raiz ao cálice,
da haste à pétala,
rosa.

A eternidade floresce
no jardim do homem.


Lisboa, 1971.

QUEIROZ, Maria José de. Exercício de fiandeira. Coimbra: Coimbra Editora, 1974. p. 43.