domingo, 22 de dezembro de 2013

A hora de Jorge Luís Borges

Quem nos últimos anos esteve em Paris, em espírito ou em letra, provavelmente ouviu a pergunta insistente e curiosa: leu o último livro de Foucault? E que pensa de Les mots et les choses? Diários, folhetos, semanários, revistas abriram páginas e colunas para discutir e analisar um livro dos mais importantes publicados na França desde o advento do existencialismo. Como se inicia?  Com um texto de Borges. Nos Entretiens de 1966, realizados em Cerisy-la-Salle, para discutir Les Chemins Actuels de la critique, um nome veio constantemente às falas e apartes dos congressistas: o do argentino genial. Claro que também se fez menção a Barthes, a Althusser e a Bachelard... A verdade é que esperamos mais de quatro séculos para que nos aceitassem como latino-americanos à mesa do banquete da cultura e da civilização.

QUEIROZ, Maria José de. Presença da literatura hispano-americana. Belo Horizonte: Imprensa/Publicações, 1971. p. 58.